15.3.09

Escravos Naturais

Há poucas coisas tão deprimentes como viver num país paralisado pelo medo de ser enganado. O português avança sempre para um negócio a assumir que é a parte mais fraca. Neste quadro mental de uma aristotélica "escravidão natural", um acordo mutuamente benéfico é apenas um acordo em que uma das partes está a ser intrujada mas ainda não o sabe. Para além de miserável, esta aversão quase patológica ao risco torna praticamente impossível a vida civilizada. Antes de se assinar o que quer que seja, há sempre quem chame o pai, o que, como é sabido, é uma das boas razões para se andar à pancada com alguém.

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