A minha subscrição da Atlantic é-me enviada a partir Auckland. Bem sei que hoje em dia achamos normal comprar na mercearia da esquina o fruto comestível da rambuteira, de tonalidade avermelhada e forma oval, coberto de espinhos, e de cujo pericarpo se pode extrair tinta preta, mas algo tem de estar errado neste circuito de distribuição. Afinal de contas, da última vez que olhei para um planisfério, a Nova Zelândia estava nos antípodas de Portugal e, segundo consta, a distância ainda é um factor relevante no cálculo de custos de transporte.
Sendo assim, das duas uma, ou os neo-zelandeses são os chineses do processamento de correio ou a técnica do salto quântico foi aperfeiçoada desde os tempos em que o Scott Bakula e o Dean Stockwell andavam pelos ecrãs de televisão a ganhar Emmys pelo seu "Outstanding Achievement in Hairstyling for a Series". Qualquer uma das alternativas parece pouco plausível. É mais provável que a rapaziada da Atlantic tenha mais jeito para escrever artigos cheios de pathos sobre o Israel moderno do que para a investigação operacional, o que, apesar de tudo, é reconfortante.
Há 2 horas
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