Desde que o ambientalismo se tornou uma religião passou a haver necessidade de alargar o âmbito de aplicação do laicismo, removendo a acção do Estado das nossas tentativas de redenção com o planeta. A patranha da modernização do país com recurso a tecnologias verdes pagas com os nossos impostos é a melhor forma de continuarmos imersos em culpa e, como se isso não bastasse, mais pobres. Felizmente há outros caminhos para além dos que o governo nos tenta impingir.
Temos duas alternativas face à incapacidade do governo em desenhar políticas públicas que não enterrem ainda mais o país: ou ficamos à espera que um salvador dê à costa num qualquer acto eleitoral, ou começamos a resolver as coisas informalmente. É precisamente aqui que o trabalho da Elinor Ostrom entra.
Ao estudar a forma como regras voluntárias podem evitar a tragédia dos comuns sem requerer a intervenção directa do Estado, ela tem vindo a desenhar uma espécie de terceira via na gestão de bens comuns, entre a privatização e o socialismo. Uma terceira via que seria um bom ponto de partida para um país como o nosso, onde a responsabilização que a subsidiariedade implica anda há muito desaparecida do debate político.
Há 5 horas
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