7.11.08

Da solidão

A primeira constatação que um militante anónimo faz quando se filia é a de que os partidos não estão preparados para receber espontâneos. Não faz parte da natureza partidária acolher alguém que não conhece ninguém, que não passou por lado nenhum, que aparece sozinho e sem convite.

Em certa medida, é natural que assim seja. Afinal de contas o poder conquista-se em rede. No entanto, esta lógica é sobretudo válida nos partidos do Bloco Central, um atoleiro onde se assume que exista uma estrutura activa e um esquema de distribuição de dividendos que atraem e enquadram candidatos a militantes. Como, ao contrário do que alguns parecem pensar, o CDS não é um partido de poder, isso significa que a estrutura é titubeante e que os dividendos são na sua maioria deprimentes.

Neste cenário a pergunta que se impõe é: o que oferecer quando não há nada para oferecer?

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