Desde que se iniciou a voragem do investimento público que nos vai salvar da crise que muitos de nós, enquanto nos informamos sobre o regime fiscal da Ilha de Man, nos interrogamos sobre quem vai pagar esse investimento. Felizmente, o governo tem uma resposta peremptória: quem vai pagar é a folga. Mais precisamente, a folga orçamental que nasceu do intrépido reformismo deste executivo.
Ainda na recente entrevista à RTP, o Primeiro-Ministro reafirmou a disponibilidade da folga para financiar aeroportos, TGVs, auto-estradas, "apoios sectoriais", genéricos gratuitos, etc. Face a esta explicação, restam-nos duas hipóteses de interpretação:
1. O Primeiro-Ministro prevê que o défice se mantenha em valores à volta dos 3% do PIB, o que significa que se avizinha uma redução épica da despesa corrente do Estado.
2. O Primeiro-Ministro pensa que os 3% são meramente indicativos porque na prática o défice pode ir até onde for preciso para ganhar eleições.
Em Inglaterra, o próximo Primeiro-Ministro fala em austeridade. Em Portugal, nas mãos de um português normal, temos a folga.
Há 1 hora
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