Um militante é alguém que resolveu sair da sua "zona de conforto" para tentar reconciliar-se com a ideia de que pode fazer tanto pelo seu dia-a-dia através da participação na vida pública, como tratando dos seus problemas do quotidiano directamente. Há quem chame a isto civismo mas a triste realidade é que ninguém embarca neste tipo de sentimentalismo se não se sentir acossado: acossado pela fome, pela Cofidis, pela inépcia ou, como diria o outro, pelo estado a que isto chegou.
Face a estas origens difusas do voluntarismo, um partido só pode oferecer uma forma de agregar, coordenar e canalizar a multiplicidade de motivações que levam alguém a participar activamente na política. Por outras palavras, como prelúdio para o poder, um partido só pode oferecer organização. O problema para um partido como o CDS, onde do poder só há vestígios, é que não basta organização, é preciso idealismo.
Há 1 hora
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