No seguimento dos posts anteriores, um exemplo de profissionalismo político. Ontem, Paulo Portas acusou o governo de não ser "selectivo" no investimento público. Começou por usar uma definição clássica de selectividade, denunciando a forma arbitrária como o governo pretende endividar o país para demonstrar que está a fazer algo para combater a crise. A seguir definiu o seu próprio critério para um investimento público selectivo: a dimensão desse mesmo investimento. Como no caso das medidas de apoio às PMEs, Paulo Portas defende pequenos e médios investimentos, no que seria uma demonstração saudável de prudência na gestão do dinheiro dos contribuintes. Para além de ser um princípio basilar do conservadorismo, a prudência serve igualmente para identificar claramente um público alvo para as suas declarações: os idosos.
Numa pequena comunicação, Paulo Portas ataca a incompetência política do governo, reforça as suas credenciais conservadoras e posiciona-se como um defensor de um grupo social com um peso eleitoral crescente e atormentado pela ameaça do esquecimento.
Há 12 minutos
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